«Divertida-Mente»: os mistérios coloridos da mente

Divertida-Mente (2015) entretém e ensina, emociona e cativa. O novo filme de animação produzido pela Pixar é uma obra inteligente, que irá, decerto, chamar a atenção de miúdos e graúdos.

Riley é uma menina feliz que vive no Minnesota, mas que tem a vida alterada por completo quando o pai muda de emprego, obrigando a que a família se mude para São Francisco. E como será encarada por Riley esta mudança? Ora, para começar, conheçamos as cinco emoções que habitam no quartel-general do cérebro da menina: Alegria, Medo, Raiva, Repulsa e Tristeza. Juntas, estas emoções têm acompanhado Riley desde o seu nascimento e terão uma importância fulcral no desenvolvimento desta história.

Imagem de Divertida-Mente. Foto: Out Now.
Pete Docter já nos provou ser capaz de criar histórias diferentes e criativas, como Monstros E Companhia (2001) e Up – Altamente (2009). Mas, nesta nova obra, é notório que se supera, criando um filme sensível mas também muito divertido, contendo os vários elementos necessários para uma boa comédia de animação. A qualidade das figuras retratadas é, claro, uma das imagens de marca da Pixar, que encanta com os cenários imaginativos e muito coloridos, bem como os pormenores minuciosos das cinco emoções, que são feitas de energia, facto que é retrato de forma exímia na obra.

Profundamente original e cativante, Divertida-Mente une a diversão com uma narrativa bem fluida e personagens muito carismáticas. O público – mais novo e não só – irá, certamente, rever-se em alguns momentos e surpreender-se em muitos outros. Profícuo em inovação, detalhes aprimorados e uma sensibilidade tangente, este é, sem dúvida, um dos filmes do ano.

(Crítica originalmente publicada no SAPO)